Betão armado
Neste tipo de tubos, o processo de fabrico consta das seguintes fases:
- Fabrico de almas
- Formação e expansão de bocais
- Elaboração da caixa da armadura
- Betonagem do tubo por colagem vertical
- Cura do tubo
Fabrico de almas
As almas são constituídas por um cilindro de chapa, soldado helicoidalmente com sobreposição, em máquina automática, a partir de bobinas de chapa, de largura igual ou superior a 1 m, ao que se solda nos seus extremos os respetivos cabeçais macho-fêmea, garantindo as suas tolerâncias dimensionais.
Depois de formados os cilindros, são colocados sobre viradores e são acoplados nos seus extremos, abraçando a sua parte exterior, os cabeçais previamente ensaiados (soldadura transversal com líquidos penetrantes) e efetuada a inspeção dimensional obrigatória.
Efetuada a soldadura transversal de união dos coletores, cada alma será submetida a uma prova hidráulica de pressão interior em prensa horizontal.
Formação e expansão de cabeçais
De acordo com as necessidades das obras, as almas podem ter nos seus extremos cabeçais formados por:
- Perfil laminado para junta de borracha.
- Chapa para junta soldada.
As chapas com as medidas adequadas para a formação dos cabeçais são curvadas e soldadas nos seus extremos. De seguida, procede-se à expansão destas através de uma prensa hidráulica preparada para o efeito, possibilitando assim um controlo perfeito das dimensões.
No caso de os coletores serem em junta elástica, o material que os constitui é limpo previamente com jato de areia, para que uma vez conformado geometricamente, receba uma pintura de primário proteçao e posteriormente, uma vez incorporado ao tubo, um tratamento à base de resina epóxi alimentar, o que garante a sua durabilidade face a qualquer agente agressivo.
Elaboração da caixa da armadura
O aço utilizado nos elementos acessórios (geratrizes e separadores) é liso, enquanto as espiras da armadura são fabricadas com aço canelado.
Para realizar as geratrizes, é colocada uma bobina de aço liso do diâmetro fixado na enroladora. O aço passa por uns rolos encaminhadores até chegar a um batente que aciona o corte automático.
Para realizar as caixas da armadura, existe na enroladora da máquina de fabrico de armaduras uma bobina de aço canelado com o diâmetro estabelecido. Assim que as geratrizes são colocadas nos alojamentos dos pratos da máquina, estes começam a girar, deslocando-se um deles na direção longitudinal à medida que a espira avança, enquanto o outro permanece num plano vertical fixo. À medida que vão girando os pratos, o aço canelado vai sendo enrolado sobre as geratrizes, produzindo-se um ponto de soldadura em cada cruzamento da espira com a geratriz.
Depois de completada a hélice ao comprimento das geratrizes, estas são libertadas, é retirada a caixa da máquina e são colocados os separadores.
Finalmente, é colocada na caixa uma etiqueta identificativa com os seguintes dados: número de identificação da armadura, número de espiras por metro, diâmetro do redondo que forma a espira e diâmetro nominal do tubo.
Betonagem do tubo colado na vertical
Se o núcleo não for realizado previamente por compressão radial, é usado na betonagem do mesmo um molde interior, em cujo caso o processo é o seguinte:
- Colocação do molde interior sobre o centrador inferior.
- Colocação da alma de aço sobre o centrador inferior.
- Colocação da armadura exterior.
- Colocação do molde exterior.
- Colocação do centrador superior.
- Colocação do tabuleiro de enchimento.
A abertura e fechamento dos moldes é feita através de um sistema hidráulico que permite assegurar a completa estanqueidade dos mesmos.
Em seguida, procede-se a verter o betão até encher o molde na totalidade. Durante a betonagem, é feita a vibração mediante vibradores situados no molde, que asseguram a ausência de poros e a correta distribuição do betão.
O tubo permanecerá no molde até alcançar uma resistência mínima determinada. O cura será natural ou acelerada.
Depois de ser alcançada a resistência mínima, procede-se ao à desmoldagem e à evacuação do tubo para a zona de cura e aprovisionamento.
Cura do tubo
O tubo, manipulado na vertical através de anéis adequados ao diâmetro, é apoiado nessa posição, diretamente sobre o solo ou sobre uma bancada de travessas devidamente niveladas. A seguir, é colocado na parte superior do tubo um dispositivo de irrigação para manter as superfícies do tubo húmidas até à sua expedição para a obra.
Se for solicitada uma proteção exterior adicional do tubo, este é pintado exteriormente com breu de epóxi. Este processo é feito na fábrica depois de o tubo atingir o grau de cura previsto e antes de ser expedido para a obra.